quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Devido o transtorno relacionado ao Post anterior . irei completá-lo com o que... Sou Grata


Nós nunca estestamos satisfeitas, por natureza. Se conseguimos algo, logo queremos outra coisa, melhor, maior. E muitas vezes nem nos damos conta do tanto que já temos, ou somos.

Eu estou lendo A Thousand Splendid Suns, do Khaled Housseini. Num Bom portuguêso é o livro A Cidade do Sol. Fala das mulheres do Afeganistão. Apesar de ser romance, retrata a realidade de muitas mulheres que viveram e vivem naquele país. É tanta desgraça, tanta miséria que elas passam - e eu não estou falando só de pobreza, mas das situações a que são submetidas. São subjulgadas, menosprezadas e mal-tratadas. É aí que eu olho pra minha vida e percebo o quanto sou abençoada.

Isso também me faz lembrar de outro livro que li, sobre a felicidade. Um dos capítulos do livro fala que pra você ser feliz, tente comparar-se com quem tem menos que você. Porque a gente sempre faz o contrário: olha pra quem tem mais, ou é mais “aos nossos olhos”, e nos sentimos miseráveis porque não temos aquilo, ou porque não alcançamos tal nível - seja em qualquer coisa, trabalho, estudo, posses materiais, etc.

O exercício da felicidade está justamente no contrário: compare-se com aquele pobrezinho que não tem casa, que não tem o que comer, que não tem o que vestir. Compare-se com uma família que depende de um salário mínimo pra se sustentar. Compare-se com os miseráveis na África, ou num bairro da sua cidade. Porque você não precisa ir muito longe pra ver que muita, mas muita gente mesmo não é tão afortunada como você.

E aí você sente gratidão. No que quer que você acredite, seja grato. Dê valor ao que você já tem, ao que você já conseguiu. Claro que é saudável sempre querer melhorar, ter mais conforto, mais sossego, mas nunca devemos nos sentir mal porque ainda não temos ou não somos, e sim, olhar pra nós mesmos e perceber quantas coisas boas temos em nossas vidas.

Infelizmente eu não tenho a cura dos males do mundo. Eu sinto por essas pessoas menos afortunadas, que tanto sofrem no mundo e tento ajudar dentro das minhas condições. Por outro lado, não posso ignorar a sorte que me foi dispensada e por isso eu sou grata, todos os dias.

2 comentários:

Dani disse...

Oi querida, assino embaixo do que você escreveu...É engraçado, mas ultimamente passei a dar mais graças ao que eu tenho... a saude, o amor dos meus filhos, uma familia, um bom emprego... Eu li o livro que vc citou... e chega a ser surreal... Sorte nossa que vivemos no Brasil...
Beijossssssss

Dani Metamorfose disse...

Kel, pra te entender tive que ler o post anterior, é engraçado como vc conseguiu escrever tudo aquilo que eu penso, ai que vontade de viver nos tempos de antigamente!! rsrs
Eu não sei costurar, não sei bordar, não sei fazer trico, não sei nada disso de moça prendada, faço boa comida, mais só quando tenho tempo para isso. Kel, estou desempregada, e sei a falta que a minha grana faz em casa, mais tenho saudade de ser acolhida, de ser cuidada, isso não significa que não seja feliz, isso não quer dizer que as pessoas por nos ouvirem dizer isso, tenha que nos achar preguiçosas!!! rsrs
Só precisamos desacelar, mais como?? Não dá, umas loucas, que não tinham problemas, resolvram lançar o tal do "feminismo", "o poder da mulher", o problema é que elas morreram e a gente que tem que segurar a bronca!! rsrs

Beijos